Hoje foi dia do nosso Artur fazer a poda à videira. Já é tradição reverenciada, mais que uma obrigação. Este ano ainda não tinha calhado, mas já tardava... Um fado de podas lindas todos os calendários. Com um engenheiro jeitoso à cabeça para todo o serviço.
Enquanto tal, eu tentava alcançar umas tangerinas bailarinas sumarentas e doces meia a dançar num banco de cozinha. Pois é, à chinchada...
E o Manel entretinha-se a recolher as laranjas mais rabugentas tombadas junto à velha laranjeira, grande amiga da vitamina C...
Eis que senão quando a trovoada e a nuvem negra por cima da nossa cabeça chamaram a chuva e uma forte saraivada, um espetáculo digno de se ver! É nós, toca a saltar para o pátio coberto para apreciar o efeito da quantidade de pedacinhos de gelos saltitantes por todo o quintal! Ganizo, q.b.. A Natureza nas suas determinações inquestionáveis. As árvores, algumas ainda despidas, pareciam mais brilhantes de agradecimento.
Mas atenção que em Grândola a prima já se anuncia: as andorinhas já chilreiam e as flores mostram os seus encantos! Flores dignas do mais belo ramo de casamento entre o céu e a terra, em abraço constante na linha do horizonte.
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