Magda (que está pintando) - Querido Manuel, tenho tanto medo desta alegria que sinto.
Manuel - Doce Magda, porque é que pensamos na tristeza e tememos a felicidade?! Há que desfrutar com convicção a vida, minha esposa.
Magda - Sim, Manuel, tens razão. Eu sou uma romântica tola. Os perigos não devem assombrar aqueles que dão valor à vida, não é assim?
Manuel - Minha Magda, nós somos muito mais do que esta bonita e complexa imagem que nos anima. Há coisas que nem a morte nos rouba.
Maria (entrando) - Bonito! Eu à espera dos meus pais no jardim para passearem um pouco comigo e eles a namorarem sem se importarem com esta macambúzia donzela.
Magda - Macambúzia, não, Maria, uma linda adolescente que já tem vontade própria e está sempre a sonhar com a vitória da batalha diária de muitos jovens como ela.
(Magda larga os pincéis. Abraçam-se entre si)
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