SOA BEM, SOA A CASTIÇO
Ai Chelas, cantas a Lua
E a fama sua
Na noite sorrateira
Das vielas
E o primeiro fadista
De calça escura
Faz coro com os
recantos
De Marvila
Se chove encobres
De jornais o transeunte
Arrepios com cheiro
A bagacinho
Tascas e guitarradas
Mais escondidas
Cheiram a fado chorado
E a vinho.
A Severa numa
Chelas faduncha
Soa bem, soa a Roseta
Um Maurício
Numa Casa de Fados
Soa bem, soa a
castiço
Uma voz que se ergue
No palco
A menina que teima
Em cantar
Cantam bem porque
São daqui de Chelas
Madre Deus, do vale
de Chelas
Da Mitra e de além-mar.
Chelas cheira aos
cafés
De Xabregas
E o mosto cheira
sempre
A rouco e a Dão
Cheira a xaile de
enguiço
Se há tristeza
Cheira a decote
maduro
Quando é paixão
Nos lábios há a leveza
De um sorriso
Chouricinho, bagos
e cantiguinhas
e as ouvintes perdem
o juízo
quando lhes chega o
timbre
a marialvas.
A Severa numa
Chelas faduncha
Soa bem, soa a Roseta
um Maurício numa
Casa de Fados
Soa bem, soa a
castiço
Uma voz que se ergue
No palco
A menina que teima
Em cantar
Cantam bem porque
São daqui de Chelas
Madre Deus, vale de
Chelas
Da Mitra e além-mar.
Adaptação feita por
Rosa Duarte
Chelas, 26 de
dezembro de 2012
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