E fotografar é acordar a objetiva para o fio do tempo.
Então fotografei a mente com o olhar numa das fotos lá de casa.
Como eu me lembro dos meus filhotes ainda miúdos cheios de imaginação e alegria.
E não sou muito de pensar e narrar os momentos que já vivi. Talvez porque (ainda) me sinto suficientemente ocupada com afazeres...
Parece que faz bem recordar, em especial o que de melhor já vivemos. Mesmo sabendo que tanta coisa que vivenciámos já não nos está acessível: os cheiros, os gestos, as emoções, cada olhar, cada ruído...O que contamos do nosso passado é uma (re)criação de quem nós somos hoje e como interpretamos quem fomos sendo, nas situações que fomos vivendo.
A história desta foto é simples: foi tirada por um fotógrafo profissional que um dia tocou à campainha de casa e nos convenceu a ir até ao canteiro mais próximo (que já não existe) ao cimo da nossa rua. Sou eu e o meu casulito Artur, talvez com uns 4 anitos. Parece que foi ontem...
É uma foto emoldurada numa das paredes do seu quarto, pouco a pouco (re)tocada pelo tempo...
Sem comentários:
Enviar um comentário