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| Conceição Silva, madre superior da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima Nos anos 50 (?)
A minha tia freira
Hoje é 13 de outubro, dia de homenagem a Nossa Senhora de Fátima, celebração dos 99 anos da santificação de Fátima. Um bom dia para falar desta minha tia freira.
Segunda filha na linha de sucessão das descendentes dos meus avós maternos, foi, até hoje, a única freira da família. Esteve mais de 50 anos ao serviço da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima. Foi oficialmente agraciada por isso.
O seu chamamento religioso não foi fácil de explicar à família que, embora fosse crente, não estava preparada para a verem seguir uma vida exclusiva à Igreja Católica. Apesar de não ter seguido uma ordem religiosa de clausura, passava muitas temporadas sem fazer visitas, devido aos retiros e às suas responsabilidades.
Falo dela não especialmente por se ter distinguido nesta sua opção de vida, mas pelo seu grande exemplo como pessoa ao longo dos seus mais de oitenta anos de existência, de humanismo efetivo e grande docilidade.
Como membro familiar de sangue, procurou sempre unir e ajudar. Uma 2ª mãe.
Com os meus pais, irmãos, marido e filhos, estivemos com ela na Casa Luiza Andaluz, em Fátima, em oração, num dia como o de hoje.
Era a nossa titi. Ela brincava, ensinava jogos e ria-se connosco, sobretudo nas férias de verão, na aldeia de Vide, quando éramos crianças.
Quando ela própria era miúda, era divertida com as suas irmãs. Ao passarem pela localidade «Venda da Esperança» em viagem, dizia sempre: "Chegámos à Venda da Pança". Todos riam.
Pediu uma licença especial para ser madrinha de Crisma do meu filho mais velho, o Daniel, e fê-lo com muito amor.
Temos muitas saudades tuas, tia. Sabemos que estás sempre no nosso coração.
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| Fotografia com moldura oferecida pela própria, meses antes de falecer em Santarém |
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