- Olá.
- Às vezes ponho-me a pensar de onde vêm certos pensamentos que nos ocorrem. Ideias. A inspiração, por exemplo.
- Esse é um pensamento natural de quem procura saber pensar, conhecer e até criar. A mente humana ainda tem muito por descobrir. E depois há outras dimensões do nosso ser que participam no ato de pensar.
- Pois... Por exemplo: existem, de facto, opiniões próprias e esclarecidas?
- Sim. Vivemos em comunidade. As autorias são discutíveis. Formular pensamentos sem dar espaço à nossa mente para observar e analisar, é muito arriscado. Mas que somos seres dotados de autonomia pensante e não só, somos. Felizmente.
- Será que a fase egocêntrica do ser humano ajuda à autonomia?
- Tudo indica que sim. Claro que como sendo uma fase evolutiva do indivíduo. Não para estagnar e persistir obsessivamente centrado em si mesmo, mas para ajudar a preservar as fronteiras do eu face às múltiplas influências da sociedade. É sempre uma questão de força de caráter individual e de nível de compreensão do outro.
- E se ficarmos absolutamente sós numa visão ou ideia?
- Se acreditares veemente nela, sendo benéfica para ti, poderá sê-lo também para outra pessoa, um dia. Entra aí o valor da resiliência.
- A questão é que o ser humano está em constante crescimento...eu estou em constante construção de mim mesmo...
- Isso não nos deve assustar. Hoje somos a favor de princípios que regem um grupo de trabalho ou associação para evoluirmos lado a lado. Amanhã um de nós segue um caminho diferente. Somos semelhantes, mas o caminho de cada um é sempre único.
- Então quer dizer que os grupos desenvolvem uma mente grupal ou cada elemento tende a desenvolver os seus próprios pensamentos?
- As duas coisas. Nem sempre é preciso sair do grupo para o indivíduo fazer o seu caminho. Às vezes precisa sair e vai juntar-se a outro grupo diferente. Ou fica só e forma o seu próprio grupo. Ou não...
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