VERA PRIMA
Entras a
sorrir pequena deusa amiga
Largas portas
esconsas meias e adentro
Mal dás por
quem te vê e olha expectante
E te
desvenda no canto com enlevo no olhar
Ansiado
entusiasmo de vera tão primorosa
Em camisinha
fresca solta e decotada.
Ocultas o
ninho do gesto breve e seguinte
Cheio de instantes
privados por quem és
Não me queres
perto do sol algo pessoa
Que me
despertou o que há de ti
E libertou
nossos corpos do abafo sentimento
Recobro
sereno do cansaço invernoso.
Enlaça-me.
Devolve-me os
braços da amizade fugidia
Ao caminho
dos beijos e da temperada ternura
Incenso com
palavras esgrimidas acres mas doces
E risotas afiadas salivas cálidas e íris reluzentes
Em enleio
somos sonho realidade.
Venham cumplicidades
encantadas da tua alegre
Camaradagem
e cobre-me da companhia soalheira.
Sou
feliz contigo a chilreios desmesurados
Frescuras da
quase esfumada cantaria
Encanto
das novas sonoridades
Coroadas de tuas
anímicas vegetações.
Azul amarelo
esverdeado avermelhado
Paleta e
tela espelhadas esplanadas
Saborosamente
sombrias
Arejada e
conservada és tão senhora
Figura escultural
da tua humana
Secreta amável terna
graciosidade.
Viçosa verdade original.
Viçosa verdade original.
Rouxinol, 11 de abril de 2013

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