sexta-feira, 12 de abril de 2013

uma aragem poética...


VERA PRIMA


Entras a sorrir  pequena deusa amiga

Largas portas esconsas meias e adentro

Mal dás por quem te vê e olha expectante

E te desvenda no canto com enlevo no olhar

Ansiado entusiasmo de vera tão primorosa

Em camisinha fresca solta e decotada.

 

Ocultas o ninho do gesto breve e seguinte

Cheio de instantes privados por quem és

Não me queres perto do sol algo pessoa

Que me despertou o que há de ti

E libertou nossos corpos do abafo sentimento

Recobro sereno do cansaço invernoso.

 

Enlaça-me.

 

Devolve-me os braços da amizade fugidia

Ao caminho dos beijos e da temperada ternura

Incenso com palavras esgrimidas acres mas doces

E risotas afiadas  salivas cálidas e íris reluzentes

Em enleio somos sonho realidade.

 

Venham cumplicidades encantadas da tua alegre

Camaradagem e cobre-me da companhia soalheira.

 

Sou feliz  contigo   a chilreios desmesurados

Frescuras da quase esfumada cantaria

Encanto das novas sonoridades

Coroadas de tuas anímicas vegetações.

Azul amarelo esverdeado avermelhado

Paleta e tela espelhadas  esplanadas

Saborosamente sombrias

Arejada e conservada  és tão senhora

Figura escultural da tua humana

Secreta  amável  terna graciosidade.



Viçosa verdade original.

 
                                                        Rosa Duarte
                                       Rouxinol, 11 de abril de 2013
   

 

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