terça-feira, 30 de abril de 2013

O nosso projeto em forma de livro


PREFÁCIO

A minha formação académica, e julgo também a moral, têm sido trabalhadas na área das Humanidades, o que reforça a minha vontade de fazer aqui a devida honra na abertura desta coletânea de textos literários aos meus alunos do 11ºD, saudando-os comovidamente a todos, e a cada um em particular, pela ousadia de corresponderem ao desafio de caminharem lado a lado na senda das palavras embebidas de sentimentos e questionamentos, celebradas por um consentimento autoral coletivo.

Estes são os rapazes e as raparigas da única turma de Humanidades do 11º ano da nossa escola deste ano letivo que querem ser mais que bons comunicadores: querem aprender a revestir cada palavra da sua poeticidade e dar-lhes o brilho que a língua portuguesa merece e respira. Para os alunos que ainda não alcançaram o desejado manejo desta multifuncionalidade, vai uma especial palavra de alento, de agradecimento pelo esforço e pela coragem de mostrarem os seus tímidos passos nesta longa, porém saborosa viagem pelo mundo surpreendente e deslumbrante que é o da criação literária. Na certeza, porém, de que a escrita na literatura é garantidamente amante do inédito e do contemplativo, mas também, e quantas vezes, do solidário e do interventivo, que homenageia a realidade e a humanidade pela observação crítica de outros mundos mais pragmáticos ligados à política social e cultural, à sociologia étnica e financeira dos povos, ao pensamento, à invenção…

A juventude continua a ser prometedora. Mais instruída. Mais familiarizada com o progresso. Cabe-nos a todos nós, educadores, pais e professores, orientá-los e ajudá-los no caminho do investimento individual, cooperativo e associativo.

Escrever é uma forma de marcar presença em cada espaço de identidade, neste caso na sua escola, alargando esse ato de escrita a todos os lugares e a todos aqueles que queiram participar deste seu projeto, lendo-os e encorajando-os.

Apreciar os seus textos, naturalmente também pela devida cumplicidade didática, é valorizar um processo que pode continuar os seus propósitos criativo, pedagógico e recreativo em futuras produções e publicações.

Com o mesmo espírito de liberdade que presidiu entre nós à ideia da construção deste livro, me despeço com a humildade partilhada e a muita alegria consumada.

 

                                                Laranjeiro, 30 de abril de 2013

                                                          Rosa Duarte

                                                    (profª de Português)
 

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