segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O verão de São Martinho.


A tradição confirma-se. Um belo de um sol aí a animar quem gosta de o ver. A atitude conta muito.

Há quem diga que com a idade começamos a revisitar mais as nossas raízes, a lembrar momentos vividos.

A minha mãe lembrava ontem os nossos magustos na Tapada da Ajuda, com o meu pai ainda vivo, num convívio alargado de irmãos, cônjuges, filhos, amigos dos filhos, amigos dos pais, padrinhos...

Ainda temos afixadas na estante da nossa sala umas folhas sobre a comemoração do São Martinho que foram colocadas pelo meu sobrinho Ricardo, quando ele esteve uns quantos meses a viver connosco durante o estágio na sua profissão de enfermeiro. Foi muito agradável.

Nesta época, os nossos rapazes traziam sempre da escola castanhas assadas nos bolsos, cozinhadas entre a caruma e lenha no pátio da básica de Corroios e vinham propositadamente de cara enfarruscada. Falavam-nos então da lenda de São Martinho com entusiasmo que era santo porque tinha dividido a sua capa com um mendigo, num bonito dia de sol muito frio.

Eu gosto muito de castanhas e outras iguarias próprias da época.



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