claro que não podemos parar e é bom que os pés se mexam.
Mas há tanto para aprender e descobrir nas levadas fugidias
do tempo que também é nosso quando nos sentamos a conversar
sobre os momentos mais belos do acontecer de qualquer vida
também da nossa e da de toda a gente, pois, vidas. Vidas que vêm
vidas que vão numa correria tão grande e estonteante que nem
parecem vividas, apenas mastigadas à pressa no dia-a-dia para quê?
Ah, sobreviver! não esquecer que estamos predestinados a correr
correr correr a olhar para o relógio que, ele próprio, também se fica
a pensar se deve continuar ou de vez fazer fita e descansar um
tique
dois vinte compassos, ou uns dias até alguém espavorido se
lembre
que os atrasos não são tolerados pelos Senhores do Espaço
Mútuo
que são os ponteiros de todos os relógios do universo que fazem
tantos tiques taques que assustam os coelhos brancos em eterno
corrupio sem tempo para falar, comer, sofrer, aparecer, adormecer
mas talvez morrer um dia e com sorte ter de correr após esta vida.
Rosa Maria Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário