Estou para aqui à espera do humano comboio miúdo
na estação mais santa da Apolónia velha de há muito,
porque não sei onde alimentar o meu senhor sentimento
de outrora, aquele que cantava de noite e dia, sem dormir
o passado, o presente, saudoso de ti, meu sentido coração
esperançoso de um mar fervilhado de férteis poesias tuas
manias tão sérias, alegrias tão puras, um fado húmido suão.
Ó vento macio, venturoso, viste o meu humano pobre coração?
Rosa Maria Duarte
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