quarta-feira, 25 de julho de 2018

O céu é uma misturadora de cores...

...e o negro pastoso adensa as línguas alaranjadas de cheiro apocalíptico no seu interior.
Os fortes troncos dos pinheiros são fustigados como simples folhas de papel, filhas de outras árvores.
Ouvem-se estalidos. Barulhos de quedas. Gritos. Desorientação. A natureza geme. Tudo está em brasa ou a asfixiar. Já mal se vê o horizonte de água. Ou o manto de terra. Nem o céu é mais ar. Apenas massas de fumo irrespirável e dor. Gestos perdidos. Apenas vermelho e preto em fúria.



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