segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Quando saíres de casa, leva o casaco

Olha os vidros da janela...

O que te parecem?

Estão embaciados, é certo;
choram gotículas miudinhas
para o balcão de pedra fria...
Acho que vou lá desenhar o teu nome...

E ao longe esse tempo?

O céu tem amassado um cinzento...
manto da noite que o besuntou de sombra
um véu leitoso alimenta a melancolia
patamar espesso de aviões superiores
que desfrutam do azul tão altíssimo...

Será que Prometeu vem?

Quando saíres, leva o casaco, por favor.

Rosa Maria Duarte


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