Corre pelo meu rosto fino
um anseio macio e macilento
algo de vetusta cortina de alma
uma espécie de encontro maior
a jóia gémea que julgo ser Deus.
A brisa de sopro que me refresca
o olhar o corpo as mãos nas tuas
sombras pardas deste devir invulgar
solta de luz em febre no horizonte
vem-me beijar na cor o silêncio.
Reconheço o livro com tais sentidos
visíveis e invisíveis viajados além
no imenso universo do alto vitral
elevado na criação e na doce emoção.
O segredo do destino feito em tempo
muito sentimento e vibração infinita
no valimento despojado de não-ser
perdido na dor e na saudade de si.
Espelho fiel ao movimento celestial
existência aquém da dispersão poética
e de um fado coletivo não controverso.
Rosa Maria Duarte
Quem sou? Rosa Maria Duarte Óleo s/tela 50x70 |
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