https://diariodaregiao.pt/2017/02/07/os-fluxos-migratorios/
Os
Fluxos Migratórios
São várias as consequências dos
fluxos migratórios, como o desequilíbrio demográfico.
As causas poderão atenuar-se
quando as condições de vida nos diferentes territórios se forem equiparando.
Quando houver uma ação concertada no sentido do diálogo, aceitação da
diferença, pacificação, justiça social.
O Homem sempre foi intrinsecamente
nómada. Tornou-se sedentário quando quis constituir família.
A sua sede de descoberta e
conquista não o deixou apenas sobreviver.
E a sua natureza gregária tem-no
feito multiplicar-se e ganhar raízes na sua terra. Tornou-se um ser de hábitos
e de afetos. Até nas condições mais adversas, ele forma um lar acolhedor (perto
de vulcões, à beira-mar, nos desertos e gelos …).
Nunca teremos neste planeta todas
as regiões com o mesmo tipo de riqueza. Nem o mesmo grau de riqueza em todos os
continentes. O clima e os fenómenos naturais hão-de sempre ser favoráveis a uns
e prejudiciais a outros. Naturalmente. Ciclicamente.
A ideia utópica de termos todos
o mesmo e atingirmos a mesma felicidade, é coisa de outro mundo desconhecido diferente
deste.
Mas sabemos que há direitos
universais do Homem, validados pelo discernimento, independentemente da
condição social de cada um, da raça, da idade, do género, da religião, da
nacionalidade.
As palavras são convencionadas,
mas estas estão consagradas num papel oficial, subscritas pelos representantes
de todas as nações unidas. Palavras que podem andar quando lhes damos pernas
para isso e significados audíveis quando os queremos dignificar e preservar.
A palavra ‘direitos’. Direito à
vida. Direito à habitação. Direito à família. Direito a ter direitos.
Qualquer cenário de conflito ou guerra
viola todos esses direitos, que cada ser humano se comprometeu a dignificar e
preservar. Direitos já muitos conquistados…
Faltam imensos ainda. Ora se
ganham mais, ora se perdem os existentes. Nada está garantido. Não há paraísos
na Terra.
Quem pede ajuda, merece ser ajudado.
Trata-se apenas de saber ajudar.
Quem, de facto, precisa.
Vivemos na mesma casa, este planeta; as acomodações
é que são várias.
A liberdade de escolhermos o
nosso cantinho e o nosso percurso de vida é determinante para a saúde do
indivíduo e da sociedade das nações.
Não podemos escolher a casa. Nem
a família. Nem as nossas raízes.
Mas podemos escrever o resto da
nossa História. Porque não com palavras bonitas e promissoras?
A liberdade é o outro braço da
vontade que não pode ser amputado por ignorância, medo ou ódio. E o amor ao
próximo protege-a.
Resta-nos construir o futuro. Os
jovens exigem-no.
Rosa Maria Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário