Tenho algo em memória
de quem não fui
solta livre filha do advento
de quanto sonho oferecido
muito sorriso na alegria
de ser quase aquela
criança confiante no acontecer.
Tenho noutra gaveta da memória
o paladar respiração audição
do amor que cedo desenhei
na aurora pérola da criação
desabrigada
mar de palavra
movido a brisa
cantante
mareante
zagalo de popa
embarcado no pinho
sentimento.
Rosa Maria Duarte
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