Morrem braços pernas sonhos no mar
flutuam cabelos desnorteados sem fim
balanceiam coletes fluorescentes entre
mar e ondas azul cobre e águas cinzas
teimam a dançar em destroços e penas
triste quem não sabe apenas ouve e sente.
Não sabemos. Não entendemos. Que dizes?
Sim. Houve guerras batalhas piratarias
vencedores vencidos risos choros sem fim
jóias misérias acenos fomes e rebeldias.
Hoje há silêncios e mágoas duras melancolias
há aniquilamentos ferozes de mercantilismos
gentes expatriadas esquecidas nas balas bandidas
gentes extasiadas pelo tóxico poder e egoísmos
terras com quase tudo terras a apodrecer do nada.
Rosa Maria Duarte
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