Está bem, eu fico. Nem preciso de dizer
o que penso, o que sinto, o que precisas
para me conheceres bem melhor, sim.
Achas que devo ser invisível, sem sombras
simpatias, fanfarronices, entusiasmos livres
porque a alegria fundeia, não está na cara
está na alma, podes acreditar sem comprovar.
Eu sei que confias, que gostas de gostares
de brincar e de conversar serenamente
sem roubar as pequenas grandes coisas da vida
que nos abraça, afasta, embaraça e alarga
a mente pois nada é dado muito é conquistado
por aquilo que nós fazemos ou acreditamos.
É assim... O que é tem a força de um braço
tatuado de imagens e símbolos de amor
eterno, romântico, num músculo tão forte
tão vigoroso, tão físico quase assustador
é o grande desígnio do sonho comandado.
Somos crianças disfarçados de Homens.
Somos aprendizes disfarçados de mendigos.
Porque temos o pão, temos o céu, temos sol
temos o mar, temos ruas, palavras e poesia
com muita variedade e vontade de pintar
quadros no quotidiano rústico e tão fadista.
Nota a nota, em cada oitava, a voz da maresia.
Rosa Maria Duarte
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