Os rostos magoados pelo vento forte
do lado mar são desenhados pelo aroma
a sal e a algas luzidias carnudas de verde
tão verde que apetece cheirar e comer
dormir e oferecer a outros rostos amigos.
Os rostos sofridos sabem também colorir
rostos que riem de si próprios ao luar
porque conhecem a verdade da vida
e da morte e não se escondem nas copas
das árvores também elas fustigadas
pelos partos dos ramos que tanto amam.
Rosa Maria Duarte
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