Ontem estive com a minha mãe. Fez 80 anos. Ainda parece aguentar-se bem. Porque nos revemos nos nossos filhos e nos imaginamos um dia no lugar dos nossos pais?
Eu considero-me uma pessoa de mente aberta, com forte predisposição para aprender e confrontar dados, experiências e opiniões.
Eu considero-me uma pessoa de mente aberta, com forte predisposição para aprender e confrontar dados, experiências e opiniões.
A qualidade da minha existência é assegurada pelo contacto
com a arte, seja ela plástica, literária, musical, teatral…, e sei que a
realidade não se confina ao visível e ao observável. Os nossos sentimentos são
muito reais. Como as nossas perceções subjetivas do real. Mesmo as nossas
intuições, convicções e crenças.
Mas a dimensão científica da vida tem um ascendente
preponderante nas minhas reflexões. Há que estudar com rigor e isenção quem
somos e os factos que se passam à nossa volta. Não podemos aceitar tudo o que a
mente individual nos diz, sem questionar. Nem dar crédito a tudo o que os
outros nos querem convencer pelas suas perspetivas, sem as clarificarmos bem. O
ideal é a dissecação em laboratório mental e físico. É difícil de obter resultados
relativamente à matéria subtil do ser humano. A todos os efeitos que o impacto da música tem no corpo
humano, por exemplo.
Mapear o cérebro humano é tarefa ainda ingrata, porque muito
demorada e complexa.
Alexandre Castro Caldas, Professor Catedrático da Faculdade
de Medicina de Lisboa, começou o seu trabalho de Neurologia com o especialista António
Damásio. Ficou entretanto a dirigir o Laboratório de Estudos de Linguagem na Universidade Católica Portuguesa.
Publicou no início deste ano um livro intitulado Uma Visita Politicamente Incorrecta ao
Cérebro Humano (Guerra e Paz: 2013) para um público alargado, com uma visão
curiosa sobre as explicações científicas e de senso comum sobre o comportamento
do ser humano ao longo da vida e, até mesmo, nas experiências de quase-morte. Já li e
recomendo.
Tenham um bom fim de semana.
Tenham um bom fim de semana.
Laranjeiro, 24 de maio de 2013
Rosa Duarte
P.S.: Ontem a minha mãe ficou contente com a prenda. Os seus oitenta já lhe trouxeram alguns sintomas de parkinsonismo. As tais doenças
do cérebro que parecem da "moda"…sempre há como evitá-las?
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