sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Cérebro Humano

Queridos amigos,

Ontem estive com a minha mãe. Fez 80 anos. Ainda parece aguentar-se bem. Porque nos revemos nos nossos filhos e nos imaginamos um dia no lugar dos nossos pais?

Eu considero-me uma pessoa de mente aberta, com forte predisposição para aprender e confrontar dados, experiências e opiniões.

A qualidade da minha existência é assegurada pelo contacto com a arte, seja ela plástica, literária, musical, teatral…, e sei que a realidade não se confina ao visível e ao observável. Os nossos sentimentos são muito reais. Como as nossas perceções subjetivas do real. Mesmo as nossas intuições, convicções e crenças.

Mas a dimensão científica da vida tem um ascendente preponderante nas minhas reflexões. Há que estudar com rigor e isenção quem somos e os factos que se passam à nossa volta. Não podemos aceitar tudo o que a mente individual nos diz, sem questionar. Nem dar crédito a tudo o que os outros nos querem convencer pelas suas perspetivas, sem as clarificarmos bem. O ideal é a dissecação em laboratório mental e físico. É difícil de obter resultados relativamente à matéria subtil do ser humano. A todos os efeitos que o impacto da música tem no corpo humano, por exemplo.

Mapear o cérebro humano é tarefa ainda ingrata, porque muito demorada e complexa.

Alexandre Castro Caldas, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa, começou o seu trabalho de Neurologia com o especialista António Damásio. Ficou entretanto a dirigir o Laboratório de Estudos de Linguagem na Universidade Católica Portuguesa.

Publicou no início deste ano um livro intitulado Uma Visita Politicamente Incorrecta ao Cérebro Humano (Guerra e Paz: 2013) para um público alargado, com uma visão curiosa sobre as explicações científicas e de senso comum sobre o comportamento do ser humano ao longo da vida e, até mesmo, nas experiências de quase-morte. Já li e recomendo.

Tenham um bom fim de semana.

                                                             Laranjeiro, 24 de maio de 2013

                                                                      Rosa Duarte


P.S.: Ontem a minha mãe ficou contente com a prenda. Os seus oitenta já lhe trouxeram alguns sintomas de parkinsonismo. As tais doenças do cérebro que parecem da "moda"…sempre há como evitá-las?

 

 

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