a gaivota
espreguiçou-se no falso poiso da amurada e de pronto
se lançou pr’á
de bicada ao cachucho aflito do balde piscatório
segura
de sobranceria jubilada na traineira portuga dançarina
já tão retocada
e inflamada por ondas espumosas perfumadas
trasviadas
do imenso mar atlântico de barbatanas vivaças
reluzente
traseiro embarcadiço em popa de boa pesca
e foi-se a espicaçá-lo
solitária na beira de uma ravina reveza
para dar de repasto às
suas feiitas crias cegas esfomeadas.
Cacilhas, 21 de maio de 2013
Rosa Duarte
Rosa Duarte
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