segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Desliga e volta a ligar.

Estás com algum problema técnico?

Não consegues captar o meu sentimento?

Eu traduzo-to por palavras. Podem ser poéticas?

Simples? Fica descansada que gosto delas simples.

Sabes que perceber as palavras não chega. Pois.

Há que conhecer o texto com de quaisquer palavras.

Conhecer o rosto das palavras e de quem as profere.

Leem-se palavras desenhadas no rosto das pessoas.

Eu sei que sabemos. Eu própria às vezes esqueço-me. 

Conhecer, se possível, o coração pulsante dessas palavras.

Não têm coração? Têm aqueles que nós lhes queremos dar.

E veias, pois, que são belas entrelinhas dos símbolos

Que ficam subentendidas, o que fica por dizer ou desdizer

Que o seu interlocutor pode conseguir entrevê-las, se cúmplice.


Estás a ler-me? Também preferia falar contigo em pessoa.

Olhar-te o rosto e o que comunicas sem palavras

Tão expressiva que és. Mas hoje tem que ser assim.

O amanhã e o logo o dirão. A distância que marca a saudade.

Ergue o nosso fado. Cantá-lo-emos ao nos reencontrarmos.


Estás a deixar de receber o sinal de amizade em latência?

Não te preocupes. Desliga e volta a ligar. Espera uns minutos.

A nossa amizade é um cabo resistente, muito mais forte

do que um like, um smile, um emoji ou um aceno ao longe.


Ah, já cá estás. Sê re-bem-vinda. Vamos aproveitar esta energia.





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