- Que tenho um bloco ativo?
- (Riso) Se calhar escreves no bloco de notas. Dizia: um blogue!
- Ah, sim, um blogue. É pessoal. Representa um simples ato de partilha daquilo que são os meus gestos mentais, criativos, emotivos, motores...
- Sim, acho porreiro. Há nisso como que uma oportunidade simpática de chegar aos outros sem a demora das edições que vão para o mercado, não é?
- Bom, os trabalhos que vão para o mercado estão noutro patamar.
- E os chats, não usas?
- Praticamente nada. Estou pouco tempo de cada vez que venho ao computador.
- E os comentários e os likes são importantes para ti?
- Não se podem sobrevalorizar, sabes?! Há pessoas que recebem montes e outros nada ou quase nada. Temos que respeitar isso.
- Se não receberes, tens pena?
- Às vezes não somos dignos das manifestações de afeto dos outros. Ou pelo menos é isso que os outros querem fazer-nos sentir.
- Pois... Ouvi dizer que só se zangam verdadeiramente connosco as pessoas que gostam de nós. Deve ter algum fundamento.
- Há sempre um amor secreto entre o autor e o leitor, que é bonito. Como entre uma mãe e os seus filhos, mesmo que fisicamente distantes...
- Posso ser tua seguidora?
Quadro a óleo exposto na «Casa das Artes» em Cacilhas |
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