- Eu também gosto sempre de te ver. És a minha prima querida.
- Bem, o que eu quis dizer é que me pareces mais simpática, mais amiga.
- Achas? Às vezes melhoramos com a idade. Ou pode ser dos olhos que nos veem.
- Ouvi dizer que o teu namorado é muito boa pessoa e que te tem influenciado no bom sentido.
- Às vezes isso pode estar a acontecer. Foi ele que te disse isso? Para ser sincera, acho que tem sido mais o contrário. E tu, o que achas?
- Nem sei... Não leves a mal.
- Achas? Temos à vontade para isso.
- Eu sei que as pessoas passam a vida a reclamar louros que não merecem. E, vai na volta, em vez de nos melhorarmos uns aos outros, a tendência será para querermos formatar o outro à nossa imagem e semelhança. E às vezes, santo Deus, para que imagem?!
- Não te preocupes com isso. Eu gosto muito dele. Tem aquelas cenas... Claro que daí a ele pensar que me inspirou para as minhas qualidades, que sempre tive, vai uma distância. Mas o amor ajuda a aguentar e a soltar a alegria que temos dentro de nós.
- Agora acorreu-me este pensamento: Achas que podemos, de facto, melhorar o caráter uns dos outros?
- Bem, eu acredito na educação. Mas a reeducação já implica uma vontade e esforço maior, sobretudo do próprio. Nunca vai à picareta. Ou então um dia, rebenta um eu sufocado lá das profundezas...
- Às vezes penso que a individualidade está muito amordaçada. Que os outros é que querem decidir por nós.
- Há quem diga que vivemos num mundo egoísta, porque o indivíduo se quer sobrepor ao coletivo. E há alguns sinais disso.
- Acho que tens razão. Vou falar com a Tânia sobre isso, a ver o que ela pensa.
- Faz isso. Não deves pensar o que eu quero que penses, ser o que outros querem que sejas. Cada um com o seu fado.
- Fado no sentido de karma??
- Isso é uma outra história...Vai que depois conversamos mais😲
- 😊
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