sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Autobiografia (página 18)

É mais fácil falar da nossa vida há alguns anos atrás do que da fase mais recente. Até porque as pessoas às vezes têm formas de interagir invulgares. Parece que se andam a por à prova diariamente. O que decidimos querer ver nesta ou naquela pessoa?
As mulheres não são, de facto, o sexo fraco. Nem sei se existe um sexo fraco. Existem simplesmente pessoas mais fortes do que outras.
A velha máxima de que «o que não nos mata, torna-nos mais fortes» muitas vezes funciona; contribui para o passo difícil de sermos lembrados, mas o feito heróico nasce do fundo do ser. Os nossos feitos, sim, podem ser recordados na memória dos que nos quer lembrar.
Não gostamos muito da ideia de morrer, ou de acabar de vez.
A arte é um dos meios de excelência para se acreditar na imortalidade. O cosmos é a obra de arte divinal.
A 7ª arte, por exemplo, inspira e acompanha-me desde menina.
Filmes de animação de grande qualidade desde muito cedo. A «Pantera Cor-de-Rosa» de Friz Feleng. O sentido de humor genial neste e outros.
Ou filmes como «Les uns et les autres» de Claude Lelouch que vi, creio que no Londres, com a minha amiga Mafalda, e que tem uma cena simplesmente insuperável ao som do Bolero de Ravel que premeia o espectador com uma coreografia espantosa de Nureyev. Inesquecível! Na minha fase do ballet e da dança, que não morreu e vem dos meus primeiros tempos de chavalinha...
Desde então, já ofereci este filme a amigos (VHS e DVD). E não é assim tão fácil de encontrar... Uma história tocante passada em cenário de guerra.
Houve vezes em que andava a apanhar frases nos bons argumentos que eu gostaria de as ter pensado. Tipo «Os sonhadores» de Bernardo Bertolucci. 
Hoje já nem por isso... hoje sobretudo nos bons livros de literatura, nacional e não só. Alguns que imortalizam grandes falas de filmes e boas peças de teatro.






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