Parte-me o coração
Vês, estou aqui sentada
à espera que te eleves...
não sinto nada, conquanto
na penumbra deste quarto
vou meditando o vazio.
Vais ressonando e não sabes
que teclo devagarinho
porque o ano é bem novinho
e acorda a todo o momento.
- Não saias sem um adeusinho
ano velho, curvadinho
há saudades sem coração
à espera da fresca intenção.
Olha, saiu e foi com o tempo
que o presente fez-se pretérito.
Dá-me um sonho, jovem ano
e fica com o meu coração.
Rosa Maria Duarte
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