Quem me conhece minimamente (porque o conhecimento do outro tem muito que se lhe diga) sabe que sou de bom trato. Sou amiga de toda a gente. Sobretudo de quem me trata bem, naturalmente. Quem me conhece e tem dificuldade de me compreender, que é muita gente, eu continuo a ser amiga, sem moralismos.
Eu compreendo que não é fácil compreendermo-nos, neste caso compreenderem-me. Dizem: «Vê-se mesmo que és gémeos». Se calhar... Há muitos geminianos, seja lá isso o que signifique (gosto de pensar, por exemplo, que Fernando Pessoa também era geminiano).
Podem considerar-me vossa amiga à vontade, sem constrangimentos (mesmo aqueles que o fazem por razões menos altruístas).
Todos somos criticáveis. Eu sei que sou muito criticável.
Mas também sei que há pessoas que querem que eu seja muito criticável, mesmo que na boa da verdade não o seja, pelo menos muito criticável.
Aprendi a dar-me bem comigo mesma. A par disso, aprendi a ir-me conhecendo. Que é um trabalho inacabado.
Ninguém consegue negar o valor inestimável de cada ser humano nas suas qualidades.
Somos corajosos nas nossas imperfeições.
Eu sei que, na minha pequenez e humildade, também sou admirada pelas minhas investidas, nem que seja em segredo.
Gosto dos meus amigos que, mesmo não pondo likes nas minhas publicações, acompanham com curiosidade as minhas indagações. Os que clicam, que são felizmente poucos, não são mais amigos. É porque gostam de pôr 'gosto', simplesmente.
O conceito de amizade é cada vez mais discutível, sobretudo nas redes sociais. Mas a palavra amigo é bonita e não deve ser usada com demasiada contenção ou desconfiança. Ainda que cada um deva naturalmente sempre usar uma «batuta no olhar».
meus amigos |
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