luz de novo dia com lente da mente
entre quem vivo e quem sonho, vós aí,
que tanto gostamos que acordamos nisto.
Vejo tez clara, macia, levemente rosada
olho a sorrir-vos desinteressadamente
são estes os olhos claros de verde pinho
cheiro a terra lavrada castanho português.
Talvez, sim. Gosto nem sempre de pensar
quando há ruídos pensamentos na sala de ler;
são jogos à vida de um tempo malabarista
que quase vende para sentir tudo a sonhar.
Eis a mediana na elevação de um corpo hirto
a balançar sons de toques em firmamentos,
um ventre ainda ávido de ideias gravidezes
e fados acompanhados na primeira pessoa, nós.
Rosa Maria Duarte
Sem comentários:
Enviar um comentário