quarta-feira, 8 de março de 2017

A anedota de Anne Bota


- Como vai, comadre pavoa? Não tarda aí a Primavera, ah?

- É verdade. Mas se quer que lhe diga, aqui para nós no feminino, o sol ainda não brilhou para o meu lado. Acho que sou uma pavoa um bocado parva.

- Parva ou parca? Olhe que hoje é o nosso dia. É o senhor seu pavão que a rebaixa e pavoneia-se a tudo o que é penas, não é?

(Baixou o bico) - O costume. Atiram-me à cara aqueles olhos de: - sua pavoa!, o atrevido harém do meu marido que não me desampara por nada o quintal.

- Ora, senhora, emancipe-se. Arme-se naquilo que é, uma boa pavoa, e venha dar umas debicadas ao vento!



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