à espera paciente de um sinal do vento
próxima avistei a boca de certo tempo
que acenou de longe ao meu pensamento.
Continuei quilómetros nesse escuro tenso
tateei assustada a árvore densa da vida no
tráfego de aromas flores âmbar de resina
melodias de cravos sezões em dessinfonia.
Cansei e parei quilómetros à beira da nostalgia
firmamento de poesias tristes beijos sofregados
versos amanhecidos na voz dos desencontrados
noites perdidas em maresia xaile de novos fados.
Rosa Maria Duarte
Quadro a óleo em exposição na Casa das Artes em Cacilhas |
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